
O hábito de comprar pela internet já faz parte da rotina dos brasileiros. Um estudo recente da Serasa Experian, intitulado “Identidade e Fraude 2025”, revelou que 82% dos consumidores no país realizam pelo menos uma compra online por mês. Esse dado mostra o quanto o e-commerce ganhou força e se consolidou como um dos principais canais de consumo nos últimos anos.
Essa popularização é impulsionada por fatores como praticidade, economia de tempo, acesso a uma enorme variedade de produtos e ofertas exclusivas. Além disso, a pesquisa destacou um crescimento expressivo da classe C nas categorias de leitura e entretenimento — um avanço de quase 10 pontos percentuais, reforçando como o digital está alcançando diferentes perfis de consumidores.
Mas, apesar de todo esse avanço, a segurança nas compras online ainda é um grande desafio. Quase metade dos consumidores (48,1%) já abandonou o carrinho por não confiar no site ou aplicativo. Esse é o segundo maior motivo para a desistência, ficando atrás apenas do custo do frete.
E não é só impressão: mais de 51% dos brasileiros já foram vítimas de algum tipo de fraude online. Os maiores medos estão relacionados ao uso indevido de dados, compras feitas por terceiros e o acesso não autorizado a informações pessoais. Esses números mostram que, embora o consumidor esteja cada vez mais presente no mundo digital, ele ainda caminha com cautela.
A boa notícia é que a tecnologia também evolui para ajudar nesse cenário. Uma das soluções mais bem vistas pelo público é o uso de biometria — como reconhecimento facial, impressão digital e leitura de voz. De acordo com o estudo, 69% dos consumidores consideram essencial que as empresas consigam identificá-los com precisão, e 71,8% se sentem mais seguros quando esse tipo de recurso é utilizado.
Para garantir uma experiência de compra realmente segura e confiável, empresas de e-commerce precisam investir em diversas camadas de proteção. Além da biometria, é essencial adotar práticas como autenticação multifator, certificados de segurança (SSL), selos de confiança reconhecidos e uma política de privacidade clara e acessível. Mais do que proteger os dados do consumidor, essas medidas ajudam a construir credibilidade e fidelizar o cliente.
No fim das contas, o consumidor brasileiro está pronto para comprar online — e compra mesmo. Mas ele quer, antes de tudo, segurança. As empresas que entenderem isso e tomarem a frente na proteção de dados certamente sairão na frente na preferência dos clientes.